São conhecidos os malefícios que o consumo exagerado de café acarreta para a saúde mas, a menos que haja problemas de saúde como a hipertensão, por exemplo, beber duas a três chávenas de café por dia pode ajudar a manter a saúde equilibrada. A propósito do Dia Internacional do Café, que se assinala a 14 de abril, conheça os benefícios que lhe estão associados.
O café é uma bebida muito popular, conhecida especialmente pelo seu efeito revigorante e por ajudar a despertar a mente, atenuando o cansaço e aumentando a capacidade de concentração e o foco de forma rápida, ainda que os seus efeitos sejam temporários. Esta bebida aromática surgiu por volta do século VI e, apesar de a planta ter origem africana, começou por ser cultivada na parte oeste da Arábia. O nome café deriva do árabe kahwah, ou cahue, que significa força. Séculos mais tarde, a Turquia difundiu esta bebida pelo Mundo e criou os primeiros estabelecimentos para tomar café.
O café resulta da infusão dos grãos moídos do fruto do cafeeiro, que são torrefeitos e submetidos a diversos procedimentos. É possível dosear o nível de cafeína, a intensidade e o sabor e aroma, havendo inúmeros tipos de café.
O café contém uma elevada quantidade de cafeína, um composto que atua sobre o sistema nervoso central e, por isso, contribui para melhorar a atenção mental e a concentração, combater o cansaço físico e melhorar o humor, ajudando a combater a depressão.
Rico em compostos bioativos, tem fortes propriedades antioxidantes, ajudando o organismo a combater os radicais livres, que provocam o envelhecimento das células e, consequentemente, a prevenir doenças como o cancro.
Estudos recentes efetuados concluíram que o consumo de café – entre duas a quatro chávenas diárias – contribui para reduzir o risco de morte. Excetuam-se, neste estudo, doentes cardiovasculares ou oncológicos, que devem ter restrições especiais no seu consumo. Os efeitos benéficos do café, de acordo com a mesma fonte, obtêm-se mesmo que se tome a bebida descafeinada e quer tomem café com açucar ou sem açucar. O uso de adoçante não representa, neste caso, um benefício, registando-se resultados semelhantes aos obtidos quando as pessoas não bebem café.
É preciso ter cuidado, no entanto, porque o café é um poderoso estimulante e, como tal, não pode ser consumido em excesso. A dose diária não deve exceder as quatro chávenas por dia, sendo aconselhado que o seu consumo se situe entre uma a duas chávenas diárias. O consumo excessivo de café pode provocar insónias, agitação nervosa, hipertensão, ansiedade e problemas no estômago e no aparelho digestivo. É necessário ter também cuidado com o facto de que a habituação à cafeína faz com que seja necessário tomar doses cada vez maiores para poder sentir os efeitos – uma pessoa que beba vários cafés por dia necessitará de beber cada vez mais cafés para conseguir sentir-se “desperto”. A cafeína vicia, sendo importante ter o cuidado de não ultrapassar a dose diária recomendada.
Benefícios do café:
1 – Ativar a mente, melhorando a capacidade de concentração e a memória
Beber café antes de estudar, trabalhar ou praticar exercício físico faz com que a mente esteja mais ativa e plenamente focada no trabalho que está a efetuar. O café revitaliza, ajudando a vencer o sono e a atenuar os sintomas de cansaço. Também contribui para melhorar a memória e acentuar o estado de alerta.
2 – Aliviar dores de cabeça
De um modo geral, e graças às suas propriedades anti-inflamatórias e analgésicas, o café ajuda a aliviar dores de cabeça e enxaquecas. Há pessoas, porém, que notam os efeitos contrários, sentindo dores de cabeça ao consumirem café, pois a forma como a cafeína interage com cada organismo pode ser variável.
3 – Prevenir certos tipos de cancro
Pelo seu poder antioxidante, resultante dos seus componentes, nomeadamente cafeína, ácido clorogénico, ácido cafeíco e kahweol, o café ajuda a combater a ação dos radicais livres, protegendo as células e ajudando a prevenir certos tipos de cancro e, por outro lado, ajuda a baixar os níveis de estrógenio, que está associado ao desenvolvimento do cancro da mama, do fígado, do cólon e do endométrio.
4 – Melhorar o desempenho físico
O café estimula a produção de energia no organismo graças ao seu poder ergogénico, o que contribui para ter um melhor desempenho no exercício físico, afastando o cansaço e prevenindo a dor.
5 – Potenciar o emagrecimento
O café tem efeito termogénico, o que significa que aumenta o gasto energético e a queima de gordura corporal, facilitando o emagrecimento. Para além disso, também ajuda a ter a sensação de saciedade, controlando a fome.
6 – Retardar os efeitos do envelhecimento
O seu poder antioxidante faz com que, da mesma forma como ajuda a prevenir certos tipos de cancro, o café também proteja contra a ação dos radicais livres no que diz respeito à destruição das células, à flacidez e ao envelhecimento dos tecidos, nomeadamente da pele.
7 – Melhorar o humor e prevenir a depressão
Por conter polifenóis, o café ajuda a prevenir inflamações nas células do sistema nervoso central, combatendo a ansiedade e melhorando o humor, o que, por sua vez, ajuda a evitar a depressão.
8 – Combater a prisão de ventre
O efeito estimulante do café faz com que aumente a contração do estômago e do intestino, favorecendo a eliminação das fezes. Para além disso, o café (sobretudo na versão solúvel) contém Magnésio, que tem efeito laxante.
9 – Prevenir a diabetes
Os antioxidantes que o café contém ajudam a regular os níveis de glicose no sangue porque protegem as células do pâncreas e ajudam a melhorar a função da insulina.
10 – Prevenir doenças cardiovasculares
Os antioxidantes e antiinflamatórios contidos no café mantêm as artérias em bom funcionamento e ajudam a melhorar a circulação sanguínea, prevenindo enfartes e AVC’s. É de salientar que o café só é saudável se for consumido em doses moderadas, pois o seu consumo excessivo acentua a hipertensão e potencia os problemas de saúde que a ela estão associados.
11 – Prevenir a doença de Parkinson
Ao proteger as células do sistema nervoso central, o café ajuda, também, a prevenir o desenvolvimento da doença de Parkinson.