As dores nos ossos e articulações podem surgir em qualquer idade, afetando especialmente os membros superiores e inferiores, com particular incidência sobre os joelhos, ombros, cotovelos, pulsos e tornozelos. O acompanhamento médico é fundamental, assim como uma postura correta e hábitos que contribuam para uma vida saudável, como a prática desportiva regular, mas, para além disso, a alimentação pode ser um fator-chave na prevenção e alívio dos sintomas.
Um dos aspetos essenciais a ter em conta para evitar dores nos ossos e nas articulações é a consciência de que o organismo precisa de produzir colagénio, uma proteína que preserva a cartilagem, o tecido que envolve as articulações, protegendo-as. Com o avançar da idade, a produção natural de colagénio diminui, sendo essencial assegurar uma alimentação que ajude a repor os valores de que os ossos e as articulações precisam.
A alimentação saudável baseia-se sempre no princípio do equilíbrio, diversificando os alimentos ingeridos e assegurando um predomínio dos nutrientes que o corpo perde mais facilmente e dos quais precisa em maiores quantidades.
É sobretudo a partir dos 40 anos que começam a surgir sintomas de desgaste nas articulações, causando dores que podem tornar-se persistentes, inchaço e dificuldades de movimentação. O consumo de alimentos ricos em proteínas é fundamental para preservar a saúde dos ossos e das articulações: ovos, peixe, carne branca e leguminosas são indispensáveis, assim como os alimentos ricos em vitamina C, ómega 3 e Zinco.
Inclua de forma equilibrada na sua alimentação:
1 – Carne vermelha e branca
2 – Peixe, especialmente salmão
3 – Ovos – para além de conterem colagénio, também têm Enxofre, que ajuda a repor o colagénio;
4 – Aveia – rica em cobre, contribui para a produção de colagénio;
5 – Soja – quer seja consumida em grão, como na forma de tofu, ou mesmo sendo leite de soja, ajuda a acelerar a produção de colagénio
6 – Tomate, melancia e beterraba - são ricos em licopeno, que ajuda a aumentar os níveis de colagénio no corpo.
Para além dos alimentos que fornecem colagénio, importa também assegurar nutrientes que ajudem a sintetizá-lo e a fixá-lo. Eles são o Selénio, a vitamina C e a vitamina E.
O Selénio é um antioxidante essencial para prevenir inflamações e retardar o envelhecimento das células e encontra-se no peixe, na carne branca, nos ovos, no leite, em alguns frutos secos, como caju e castanha-do-Pará, ou no gengibre, por exemplo.
A vitamina C, por seu lado, é fundamental para a regeneração das células, tendo também um papel muito importante na formação de colagénio. Encontra-se na laranja, limão, abacaxi, morango, kiwi e acerola, em legumes de folhas verde-escuras, como brócolos, couve, salsa, coentros e também na cenoura, na papaia e na goiaba.
A vitamina E também contribui para a formação do colagénio e para evitar a sua degradação, tendo um importante papel antioxidante e protegendo as células. Pode encontrá-la no abacate, nos óleos vegetais, como o óleo de soja, de milho e de girassol, em oleaginosas como castanhas, nozes, amêndoas, amendoins e avelãs, e em vegetais de folhas verde-escuras, como espinafre, couve, agrião, rúcula.