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O que são alimentos hiperpalatáveis? Que riscos apresentam?

1 de Junho, 2023

Os alimentos hiperpalatáveis são “a publicidade enganosa” das dietas alimentares: com um aspeto apetitoso e apelativo à maior parte das pessoas, ativam facilmente a gula e despertam a vontade de os ingerir. Contudo, para além de serem hipercalóricos, comportam ainda riscos mais graves para a sua saúde. Aprenda a identificá-los!

 

Atribui-se o nome de alimentos hiperpalatáveis àqueles que agradam às papilas gustativas porque têm um sabor especialmente apetitoso, o que faz com que seja difícil resistir à tentação de ingeri-los e parar de os consumir. As papilas gustativas contêm recetores que enviam informações ao sistema nervoso central, interpretando os sabores dos alimentos e classificando-os.

Os alimentos hiperpalatáveis, que já existiam na chamada “comida de conforto” foram desenvolvidos pela indústria alimentar como chamarizes para o consumo massivo: são hipercalóricos e, por serem muito procurados, conseguem ter um preço baixo, o que ainda exponencia mais a sua venda. São, contudo, muito pobres a nível nutricional, para além de comportarem outros riscos graves para a saúde, já que criam habituação.

 

A palatabilidade (isto é, o facto de ser apetitoso) influencia as nossas escolhas alimentares e as nossas preferências. Estes alimentos, ao serem concebidos para apelar aos nossos sentidos – não só ao paladar como também, muitas vezes, também ao olfacto e à visão – têm maiores probabilidades de ser do nosso agrado. As papilas gustativas enviam sinais ao cérebro que ativam o sistema de recompensa, fazendo-o crer que quer mais daquele alimento que provoca bem-estar, mesmo que não tenha fome.

 

A “fórmula mágica” dos alimentos hiperpalatáveis é a conjugação intencional de ingredientes que fazem com que o sabor seja acentuado: sal, gordura, hidratos de carbono e açúcar. Este é um dos maiores riscos que os alimentos hiperpalatáveis apresentam à nossa saúde, já que todos estes indutores de sabor são extremamente prejudiciais a vários níveis. Uma vez que são conjugados, tornam-se ainda mais nocivos – e o seu sabor é ainda mais apelativo. Isto faz com que o cérebro queira repetir esta experiência prazerosa, o que gera adição e compulsão em relação ao consumo destes alimentos, que “viciam” e fazem com que a pessoa tenha vontade de os comer, mesmo quando nem tem fome.

Outros riscos que decorrem do consumo de alimentos hiperpalatáveis são o aumento nos níveis de colesterol, diabetes, hipertensão arterial e obesidade.

 

Por terem um baixo valor nutricional, sendo pobres em proteínas e fibras, tendem também a deixar-nos pouco saciados, o que, por sua vez, nos leva a querer consumir mais. Porque o cérebro se sente bem ao consumi-los, já que as papilas gustativas lhe transmitem que são saborosos, tende a ter dificuldade em parar.

 

 

Quais são os alimentos hiperpalatáveis?

 

- batatas fritas (de pacote, congeladas ou mesmo caseiras)

- pizza

- hamburgueres

- bolos (sobretudo de pastelaria e industriais)

- bolachas

- gelados (já reparou como os sabores mais recentes apostam na combinação de sabores doce e salgado? Esta escolha não é aleatória.)

- bacon, presunto

- salgadinhos

- panados

- alimentos processados, como salsichas e nuggets

- refeições pré-congeladas

- pão

- molhos, como bechamel, mostarda, ketchup, maionaise

 

Nestes alimentos o sal ou o açucar são conjugados com a gordura ou os hidratos de carbono, o que acentua bastante o sabor mas compromete completamente o valor nutricional.

 

 

Um alimento é considerado hiperpalatável sempre que:

 

- contém sódio acima de 0,3% do seu peso total

- mais de 25% da energia que fornece resulta de gorduras

- mais de 20% da energia que fornece resulta de açucar

- mais de 40% da energia que fornece resulta dos hidratos de carbono e 0,2% do seu peso em sódio

 

Vale a pena alertar para o facto que muitos dos alimentos comercializados como sendo “light”, “zero” ou “diet” são, na realidade, hiperpalatáveis, obedecendo a um dos critérios enunciados acima. Convém, como tal, ler sempre atentamente os rótulos nas embalagens.

 

Por fim, ressalvemos que não deve excluir todos estes alimentos da sua alimentação – o prazer proporcionado pela comida só é prejudicial quando estes alimentos são consumidos em excesso. Uma alimentação equilibrada deve ser variada e rica em alimentos frescos e naturais (como legumes, peixe, fruta, carne branca) consumidos ao natural ou com métodos de confecção mais simples, como a cozedura, que reduzem a palatibilidade mas que apresentam os maiores valores nutricionais. A menos que haja indicação médica em contrário, de vez em quando pode, sem culpa, conceder uma alegria às suas papilas gustativas e ao seu cérebro!

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